8 Obras Imperdíveis do Metropolitan Museum em Nova York

1) A Morte de Sócrates, Jacques-Louis David, 1787

Galeria 614

Retrata um discurso empolgado do filósofo grego, que foi condenado à morte com ingestão de veneno.

Ele foi acusado de corromper a juventude de Atenas. introduzir falsos deuses e sua pena foi morrer tomando cicuta.

O professor de Platão manteve-se fiel ao seu discurso da busca pela ciência e pela verdade, que considerava se dar a partir do pensamento racional e de uma inquirição dialética: o método socrático pregava o diálogo aberto entre seus discípulos.

Ao desafiar o comércio que se abria com a venda do conhecimento na época, e atraindo adeptos a uma forma de pensamento autônomo, ia contra os mandamentos usuais.

Mesmo podendo fugir, Sócrates aceita sua pena para ensinar uma última lição a seus alunos: não se deve temer a morte e sim abraçá-la.

2) Templo de Dendur, 15 a.C.

Galeria 131

Foi erguido em honra da deusa Ísis e de seu marido Osíris no tempo do imperador romano Augusto, por volta do ano 15 a.C., em Núbia, na margem ocidental do Nilo.

Está no museu desde 1965 como presente do governo egípcio aos Estados Unidos, em agradecimento pela ajuda prestada na manutenção de monumentos históricos que estavam ameaçados de serem submersos durante a construção da represa de Assuan. Foi transportado em seções e posteriormente remontado no museu.

3) Ciprestes de Van Gogh – 1889

Galeria 825

O cipreste é um tipo de árvore que foi muito retratada pelo artista. 

Van Gogh, cuja saúde mental vacilava enquanto pintava essas obras, disse uma vez que havia representado as árvores “como eu as vejo”. Isso é revelador: ele os pintou altos e firmes em meio a paisagens que se agitam com pinceladas intensas e onduladas, como se fossem as únicas coisas com as quais ele poderia contar para permanecer praticamente inalteradas em um mundo que excede seu controle.

4) Os burgueses de Calais – Auguste Rodin

Galeria 548

Escultura de bronze que representa uma história cruel que aconteceu em Calais, na França, em 1346. A cidade estava sitiada pelos ingleses e a população começou a morrer de fome e sede. A condição do rei da Inglaterra para impedir que todos morressem era que seis moradores se entregassem para serem enforcados. Seis dos homens mais ricos e mais destacados na intelectualidade de Calais se sacrificaram e se entregaram. Por isso, foram homenageados por Rodin.  

5) Ponte Sobre Uma Lagoa de Lírios d´Água – Claude Monet, 1899

Galeria 819

Uma das telas mais representativas do impressionismo, movimento que Monet foi grande expoente, retrata seu próprio jardim na casa que tinha em Giverny, cidade próxima a Paris.

Segundo ele próprio: “Uma paisagem não fica sob a sua pele em um dia. E então, de repente, tive a revelação de quão encantadora minha lagoa era. Eu peguei minha paleta. Desde então, eu quase não tive nenhum outro assunto.”

6) Fragmento de uma cabeça de rainha

Galeria 136

Este impressionante fragmento egípcio é de uma estátua viva e sensual composta de diferentes materiais. Durante reinado do faró Akhenaton, estas estátuas eram muito comuns, misturando jasper nas cores rosada, amarelada e verde.

A mulher real aqui representada não pode ser identificada com certeza. É difícil imaginar que a já idosa rainha Tiye — a mãe de Akhenaton e altamente respeitada como uma mulher sábia em Amarna — fosse mostrada como uma beleza de caráter tão sensual. As rainhas Nefertiti e Kia, entretanto, são possíveis candidatas.

7) A Aula de Dança – Edgar Degas, 1874

Galeria 815

O pintor impressionista francês dedicou seu tempo a obras temáticas de dança, mais especificamente bailarinas. 

Degas conseguiu aperfeiçoar a postura e os movimentos corporais das bailarinas após assistir aos ensaios de dança do mestre francês Jules Perrault na Ópera de Paris. Este trabalho em particular mostra uma bailarina executando um “attitude” enquanto Perrault a observava. Outros dançarinos podem ser vistos praticando seus movimentos de dança enquanto aguardam sua vez de se apresentar para o professor. 

Degas era um mestre em sombreamento de cores, e isso está em exibição completa nesta obra.

8) Armadura de Henrique II, rei da França, de 1550

Galeria 374

Esta armadura francesa de placas é uma das mais ornamentadas e completas que existem. 

Sua superfície está primorosamente gravada com um denso desenho de arabescos foliados entre os quais aparecem figuras clássicas e criaturas míticas inspiradas na ornamentação italiana tardo-renascentista e maneirista. 

Também está presente a meia-lua, símbolo favorito de Henrique II. Para executar as decorações foram criados esboços diferentes, tendo sido conservados vinte. É virtualmente instransponivel e foi coberta com banhos de ouro e prata.

Serviço

Funcionamento do Metropolitan Museum of Art

Domingos, Segundas, Terças e Quintas: das 10h as 17h

Sextas e Sabados: das 10h as 21h

Fechado às Quartas-feiras

Ingressos custam 30 dólares, com desconto para seniors e estudantes. Crianças até 12 anos não pagam.

As estações de metrô mais próximas estão na rua 77 e na rua 86 (East) – linha verde 4, 5 e 6 – e há pontos de ônibus na Quinta Avenida bem perto do museu.

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Fotos: acervo pessoal e reprodução da internet